Tânia ficou boquiaberta, quase deixando a baba escorrer,
“Meu Deus! Me dá vontade de chorar.”
Carolina riu e deu-lhe um leve empurrão, “O que foi isso, menina?!”
Tânia fingiu um soluço,
“Nunca imaginei que os pequenos pudessem ficar tão bonitos. Vou tirar
fotos. Vou postar e surpreender todo o Instagram. Eles serão as estrelas
da noite!”
Enquanto dizer, ela se aproximou dos três pequenos e clicou
incessantemente, tirando dezenas de fotos em sequência.
Postou quatro stories seguidos, cada um com uma grade de nove fotos.
O primeiro só de Laín, com a legenda, ‘Primeiro Filho’.
O segundo só de Ledo, com a legenda, ‘Segundo filho’.
O terceiro só de Lucas, com a legenda, ‘Terceiro Filho’.
O quarto, uma foto deles cinco juntos, com a legenda, ‘Família de cinco’.
Considerando o risco do pai das crianças descobrir, Tânia cuidadosamente
colocou mosaicos nos rostos dos três pequenos e de Carolina.
Todos só podiam ver borrões de seus contornos faciais.
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Das dezenas de fotos, apenas na foto de grupo todos revelaram seus
olhos; Tânia queria esconder isso com mosaico.
Os olhos dos três meninos pareciam conter estrelas e oceanos, lindo
demais para ser verdade.
Rapidamente, o Instagram de Tânia explodiu.
Sem surpresas, ela se tornou a sensação da noite no Instagram.
Muitos enviaram mensagens privadas perguntando sobre as crianças, e
Tânia respondeu com orgulho,
“São todos meus filhos!”
Quando perguntavam, “De onde vieram?”
Ela respondia, “Encontrei por aí.”
“Onde encontrou?”
“Não vou te contar.”
“Me dá um.”
“Isso não pode!”
“Então vou ter que raptar um. Rápido, me diz, de que cor eles gostam nos
sacos de serapilheira?!”
“…” Tânia riu alto.
Carolina estava preocupada que ela pudesse ter um ataque de riso.
Carolina ficou um tanto resignada com o comportamento extravagante de
Tânia em mostrar os filhos, mas também achava engraçado.
Às sete da noite, todos chegaram pontualmente ao Hotel Cultura.
Este é o restaurante mais antigo, característico e caro da Cidade do Pão.
Muitas celebridades e diplomatas estrangeiros, ao visitarem a cidade,
fazem questão de jantar lá.
Tânia pegou a reserva e seguiu a recepcionista até o balcão para o checkin, depois foram guiados para seu espaço reservado.
Desde a chegada deles, todos os olhares se voltaram para o grupo.
Embora todos estivessem de máscaras, a beleza deles era inegável.
A palavra ‘linda’ não seria suficiente para descrevê-la.
E os três pequenos, nem se fala, uma visão que faz qualquer um querer
levá-los consigo.
A jovem e bonita recepcionista não pôde deixar de elogiar,
“Que fofura esses três pequenos! Parecem pequenos atores.”
Tânia sorriu,
“Não são pequenos atores, mas ainda assim são as crianças mais
charmosas do mundo.”
A recepcionista concordou com um sorriso,
“Com certeza, assim que chegaram já atraíram todos os olhares, brilhando
intensamente.”
Ela os conduziu até o elevador e ao chegarem ao andar superior, uma
garçonete os levou até o espaço reservado.
Fechar a porta do quarto foi o sinal para os pequenos tirarem as máscaras.
Carolina já havia instruído, que era preciso usar máscaras no exterior.
A desculpa era que o ar do norte do país estava ruim pela poluição no
inverno.
Mas o principal motivo era o medo de que o pai das crianças os
descobrisse.
Mesmo com todas as precauções, o que eles não esperavam era que a
garçonete conhecesse Carlos Belo.
Assim que viu os rostos dos meninos, a expressão da garçonete congelou,
“Eles… eles…”
“O que houve?” perguntou Carolina, curiosa.
A garçonete engoliu em seco, claramente chocada, sem saber o que dizer.
