Carlos soube que eles haviam chegado e os barrou logo à porta do quarto
do hospital.
não permitiu que se aproximassem de Miro.
Gabriela, a tia de Carlos, reclamou insatisfeita,
“Carlos, assim que soubemos que Miro estava doente e internado, viemos
correndo para vê-lo. Você nem agradece e ainda nos impede de entrar no
quarto, o que significa isso?”
Carlos nem sequer olhou para ela, “Miro não quer a visita de vocês.”
“Que absurdo! Eu sou a tia-avó dele! sua tia! irmã do seu pai! você fala
assim comigo, está me levando em consideração? Você respeita seu pai?”
Falando de seu pai, Carlos olha para cima.
“Se não fosse por meu pai, você acha que teria o direito de falar na minha
frente?”
“Você… pai! Escuta isso, escuta isso. Esse é o seu neto querido, ele
respeita a família Belo? Ele…”
“Chega! Cale-se! Aqui é um hospital, um lugar que deve ser mantido em
silêncio, não é uma feira! Como membro mais velho da família Belo, você
está sempre gritando, sem parecer uma dama da sociedade, mais parece
uma peixeira, que falta de decoro!” esbravejou Paulo Belo.
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“Eu…” Gabriela foi diretamente repreendida e chorou.
Ao ver isso, Lídia apressou-se em pegar um lenço de papel para
aconselhá-la.
“Irmã, se acalme. Carlos já está chateado porque Miro está muito doente,
e você ainda trouxe à tona o irmão que faleceu, não está jogando gasolina
no fogo?”
“O que tem eu mencionar o Irmão? Hugo, quando vivo, também nunca
teria a audácia de falar comigo nesse tom!”
“Tudo bem, tudo bem, fale menos.”
Depois de acalmar a irmã, Lídia olhou para Carlos,
“Carlos, sua tia realmente está preocupada com a doença de Miro.”
Carlos deu uma risada sarcástica internamente e acendeu um cigarro.
Lídia continuou, “Você também Não fique ansioso, Miro é o único filho de
esta geração da nossa família Belo, sempre há um lado bom. Os
antepassados da família Belo também vão protegê-lo, ele certamente vai
superar isso.”
Paulo perguntou,
“Qual é exatamente a situação de Miro agora?”
Carlos sacudiu as cinzas do cigarro, “Igual a antes.”
“Consultaram tantos especialistas e ainda não houve melhora?”
Carlos, irritado, não respondeu, e o membro da segunda filial disse,
“médicos comuns não conseguem, então devemos procurar médicos
incomuns, não podemos deixar isso se arrastar assim.”
Gabriela murmurou,
Antes que Gabriela pudesse terminar sua frase, ele foi rechaçado por
Paulo com um olhar frio.
Os lábios da Gabriela se contraíram, sem ousar dizer mais nada.
Carlos lançou um olhar furioso para a Gabriela.
Ele apagou o cigarro que tinha em mãos, cansado de encenar com eles, e
perguntou diretamente,
“O que vocês vieram realmente fazer aqui? Falem logo e não desperdicem
nosso tempo.”
Carlos sabia muito bem que eles não estavam ali para se preocupar com
Miro.
Paulo ficou em silêncio por dois segundos antes de dizer,
“Ouvi dizer que anteontem alguém roubou vários negócios da família Belo,
causando perdas de bilhões, o que aconteceu?”
Carlos respondeu friamente,
“Concorrência de negócios.”
Paulo Belo, com os olhos semicerrados, perguntou,
“Nos últimos anos, você sempre teve sucesso nos negócios, como de
repente alguém roubou seus negócios?”
“Eu sou humano, não um deus, é normal ter lucros e perdas nos
negócios.”
Paulo estava desconfiado, “Quem roubou seus negócios? Alguém da
Cidade de Pão?”
Carlos sabia a que ele estava se referindo e o encarou com um olhar
sombrio e indecifrável.
“O avô já está de idade avançada, não precisa se preocupar com os
negócios, eu cuido de tudo.”
Paulo franziu a testa; Gabriela começou a perder a paciência novamente.