“Iker?”
“Sim, há pouco o Iker teve um surto e fugiu do hospital para a avenida,
chorando e fazendo alvoroço, completamente descontrolado; foi aquela
moça que o acalmou.
E quando ela saiu, deu uma receita para a família Fontes, eu li, só tinha
remédios para acalmar e fortificar o sangue, típico da Medicina Tradicional,
o que mostrou que ela entende de medicina.
Pensa só, uma mulher linda, gentil, caridosa e ainda por cima com
conhecimento médico, não seria perfeita para o nosso Miro?”
Carlos conhecia Iker, o sobrinho biológico de seu melhor amigo Mateus
Alves.
Depois de um sequestro dois anos atrás, ele desenvolveu traumas
psicológicos e distúrbio bipolar, parecidos com os surtos do Miro.
Carlos ficou interessado, especialmente pela habilidade dela em medicina.
Porque toda vez que o Miro tem um acesso de raiva, ele se machuca.
se quem cuidar dele também entender de medicina, seria uma vantagem
para o Miro.
“Carlão, as câmeras pegaram, é … é…”
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Carlos viu Bruno hesitante, pegou o tablet das mãos dele e, ao ver, ficou
furioso,
“É ela?!”
Nathan chegou mais perto.
“Sem dúvida! Veja só, sem nem usar sedativos, ela acalmou o Iker. não
pense que ela estava apenas consolando uma criança chorona, o Iker
estava tendo um surto.
Se não me engano, ela entende de psicologia infantil, ou não teria
acalmado o Iker tão bem, que mulher maravilhosa e perfeita!
É uma pena, eu me pergunto qual foi o desgraçado que a levou embora,
isso não se faz! Se pegarmos ele, vamos ensiná-lo a ser gente.”
Carlos mordeu os lábios, olhando para Nathan, “…”
Bruno, ao lado, sussurrou,
“Dr. Castro, quem a sequestrou foi o nosso Carlão.”
“Hã?” Nathan arregalou Os olhos.
Bruno ficou constrangido, “…”
Nathan entendeu, “Ah, é você, o desgraçado? Por que você a sequestrou
na rua? Vocês têm algum problema um com o outro?”
Bruno falou baixinho, “Carlão acabou de mandá-la para a cadeia e ainda
planejou deixá-la sem comer por três dias.”
Nathan ficou indignado,
Carlos, com o rosto sombrio, ponderou.
Por causa do incidente anterior, não pôde evitar se preocupar.
Carlos ficou quieto por um momento e disse a Bruno: “Deixe-a ir primeiro”.
“Bem, e depois?”
“Não, então.”
Bruno ficou surpreso: “Você não vai levá-lo de volta para o Miro?”
“Por enquanto, não.” Carlos estava sério.
Ele ainda queria observá-la.
Se ela tinha a intenção de se aproximar dele, ao ser libertada, com certeza
tentaria aparecer novamente diante dele.
Afinal, ela já tinha antecedentes, e ele não ousava levá-la à frente do Miro
tão facilmente.
Um dano a ele era o menor dos problemas, mas e se ela machucasse o
Miro?
Antes de levá-la para perto do Miro, ele tinha que ter certeza de que ela
não tinha más intenções!
Enquanto isso, ao chegar na frente da delegacia, o carro parou
subitamente e os homens deixaram Carolina na calçada.
Observando o carro se afastar, Carolina ficou confusa. O que estava
acontecendo?
Será que ele já tinha descoberto que ela era a esposa de Carlos e por isso
se intimidou?
Parecia que, embora Carlos fosse desprezado na família Belo por sua
deficiência, seu nome ainda tinha peso.
Afinal, a família Belo era a mais rica e influente da Cidade do Pão!
Sem pensar muito, Carolina rapidamente pegou um táxi e deixou a
delegacia.
Ela não queria ficar presa e não poder ver as crianças.
