Capítulo 3
Thales se levantou, “Gabriela, deixei as coisas aqui, vamos embora.”
Gabriela ficou um pouco ansiosa, levantando–se também: “Por que essa pressa, Thales? Ainda tem gente que não chegou, deveríamos comer antes de ir pelo menos.
“Não, tenho assuntos na empresa.” Thales pegou Flavia sem olhar para trás e deixou a família Duarte.
Gabriela ficou ainda mais irritada, ela nem entendia o que Thales queria dizer, proteger a muda já era uma coisa, mas agora?
Depois que ele já tinha uma namorada e foi forçado a casar com a muda, não apenas não tornou a vida dela difícil, como também se mudou por ela.
Se ele gosta de Flavia, ele não tomou uma posição quando o filho de Flavia foi abortado, e ainda estava envolvido com outra mulher.
Se ele não gosta de Flavia, ele a protege em todos os aspectos, sem se divorciar dela.
Thales voltou para o carro e acendeu um cigarro, claramente irritado.
Flavia sentou–se quietamente, esperando que ele terminasse de fumar.
Após o cigarro, ele se virou para olhar para Flavia.
Ela ainda tinha aquele olhar obediente, com um sorriso suave nos lábios, como uma criada esperando pelas ordens do seu patrão.
Thales sentiu–se ainda mais frustrado.
Ele não conseguia entender por quê, ela não parecia diferente de antes.
“O que você acha do que a Gabriela disse?”
Flavia: O quê?
Thales segurava o volante, olhando diretamente para ela, “Temos um filho.”
Ele viu claramente o sorriso de Flavia congelar, e ela teve que ajustá–lo várias vezes antes de voltar a um sorriso suave.
Ela sinalizou: Sua mãe está certa, não devemos ter um.
Desde pequena, Flavia aprendeu uma lição, tudo o que ela esperava, eventualmente, se quebraria em pedaços.
As fantasias mais belas, quando quebradas, doem mais.
Como seu avô comprou um bolo de aniversário para ela quando ela queria um quando criança, e ela estava feliz em fazer um pedido quando Gabriela empurrou sua cabeça para dentro do bolo.
Ela ergueu a cabeça desajeitadamente, o rosto coberto de bolo, enquanto risadas soavam ao redor, achando muito divertido.
Flavia só podia secretamente lamber o canto da boca, não era tão gostoso quanto ela imaginava.
Eles achavam que o bolo não era para comer, assim como Thales, que também não queria realmente ter um filho com ela.
“Não tomamos precauções ontem à noite?”
– Flavia: Eu tomei a pílula.
Thales observou os dedos dela sinalizando, seus dedos eram tão finos e longos por causa da frequente movimentação provavelmente, parecendo dançar enquanto ela fazia sinais, muito bonitos.
Thales a observou por um momento, desviou o olhar e ligou o carro, “Que bom.”
Flavia baixou a cabeça, ele ainda estava testando–a.
Ele, assim como Dona Duarte, tinha medo de ter um filho mudo e se envergonhar.
. Ela estava grata por ter resistido àquele impulso momentâneo, sem tornar seu amor público.
Ele disse para ela não amá–lo, mas ele não sabia que, cada vez que ele estendia a mão para ajudar Flavia, plantava uma semente de amor no coração dela.
Às vezes, Flavia pensava que seria melhor se ele a maltratasse como os outros, assim, apenas seu corpo doeria, e não seu coração.
Thales a deixou na cafeteria onde trabalhava, e assim que o carro parou na frente, ele viu Rosana parada lá.
Rosana sempre encontrava um jeito de achá–lo.
Rosana era muito bonita, alta com pernas longas, cabelos cacheados caídos nas costas, atraindo olhares onde quer que estivesse.
Ela olhou para Thales e Flavia saindo do carro, sua raiva atingindo o pico imediatamente, com fúria em seus olhos.
Quem não soubesse, pensaria que ela era a esposa legítima.
“O que você está fazendo aqui?” Thales a viu sem surpresa ou culpa.
Claramente, não era a primeira vez que algo assim acontecia.